A LX Factory fica em Alcântara, entre o Calvário e as Docas num espaço roubado ao vazio deixado pelas indústrias nascidas no século XIX. Aquelas que protagonizaram a tardia e tímida revolução industrial portuguesa e cuja presença ainda se nota nesta zona de Lisboa, visível nas ruínas das fábricas, nas casas que ainda não sucumbiram aos condomínios e em alguns dos seus habitantes mais antigos.
É um sítio pensado fora da proverbial caixa. Um sítio que alberga novos negócios e novas maneiras de fazer negócios antigos. Junta no mesmo espaço criadores, aristas plásticos e performativos, arquitectos das futuras cidades palpáveis e das cidades virtuais em que já começamos a viver.
E se esse ambiente é certamente mais presente nos dias de semana, quando os trabalhadores da economia que virá ocupam a Fábrica na sua rotina diária, ele é também sentido ao fim-de-semana, na decoração urbana observável um pouco por todo o lado neste espaço de mais de 20.000 metros quadrados.
Mas se a LX Factory é um espaço de trabalho, é também um espaço incontornável para um turista, mesmo que lisboeta e domingueiro, como eu. Os restaurantes e afins têm um aspecto agradável e original e oferecem mil e uma possibilidades de refeição que vão desde o brunch ocioso ao jantar oriental passando pelo empaturramento do que dizem ser o melhor bolo de chocolate de Lisboa.
E há a Ler Devagar. Milhares de livros acumulados em estantes com um pé direito infinito, estruturas metálicas que albergam esplanadas, corredores de música que dificilmente se encontra noutro lado e esculturas funâmbulas a atravessar todo o espaço. Mas isso fica para a próxima. É que acabaram de me dar autorização para a fotografar e é para lá que vou agora. Depois conto…
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