Há mais de um ano que planeava fazer este passeio, a começar no Campo Grande e a terminar no Campo Pequeno. No último fim-de-semana consegui finalmente fazê-lo. Sabia de antemão que me iria deprimir quando entrasse no Jardim do Campo Grande, completamente ao abandono. É certo que a imagem que tenho da minha última visita "em vida" (do espaço, claro está) era já de algo decadente e sujo, à beira de perder os seus últimos visitantes. Foi então com surpresa que descobri que, finalmente, as obras de requalificação estão a avançar. Bem, pelo menos a parte norte do jardim está vedada e os trabalhos parecem estar em curso. De acordo com este texto, o processo terá tido início em Agosto e deveria durar sete meses, se bem que não me tenha parecido que haja ali apenas um a dois meses de trabalho pela frente. Espero estar enganada.
A parte sul do jardim, no entanto, está bem arranjada. Tirando a antiga piscina, abandonada, mas que parece também em vias de recuperação, tudo está limpo e relativamente arranjado -, com um denso arvoredo que nos isola dos ruídos de uma das zonas com mais trânsito de Lisboa.
Nunca tinha vindo a esta zona do jardim, por isso foi com grande surpresa que me deparei com este lago cuja existência desconhecia. E, digo-vos, é muitíssimo bem frequentado pelos senhores que se seguem...
Uma das coisas que mais me surpreendeu foi a quantidade de pessoas a correr e a andar de bicicleta. A ciclovia ajuda, claro! Era tão bom que se estendesse a todas as zonas de Lisboa...
E é assim, num instante, que se chega à Praça de Entrecampos, onde reina o Monumento aos Heróis da Guerra Peninsular.
Seguindo em frente, a estação de Entrecampos paira sobre as nossas cabeças, escondida pela sua armadura ondulante.
A Avenida da República, ampla, abre-se com poucos carros, algo impensável durante a semana, iluminada pelo sol de inverno reflectido no asfalto molhado.
Ao entrar no Campo Pequeno, dou de caras com um mercadinho biológico, mais pequeno do que o do Príncipe Real mas, ainda assim, muito acolhedor.
A Praça de Touros ergue-se imponente deixando-me, como sempre, dividida. Como pode um edifício tão espantoso ter sido desenhado para acolher algo como uma tourada?
Felizmente, nem só de touradas vive o Campo Pequeno e na quinta-feira lá estarei para o concerto de um dos meus grupos favoritos. Há quase três anos que não vou a um concerto, mas a este não poderia faltar.
Estava na hora de voltar. A Avenida da República prima por ter prédios e palacetes magníficos, lado a lado com outros perfeitamente horríveis, infelizmente.
Já perto do Campo Grande, ergue-se a Biblioteca Nacional, imponente. Fica a promessa de uma visita a breve trecho.
E assim voltei ao ponto de partida, a Cidade Universitária, com a alameda forrada a verde. Foi um belo passeio. Espero que as obras da parte norte do jardim não se eternizem como tantas outras na nossa cidade...
E hoje passeei pela minha querida Lisboa. Obrigada pela vossa companhia.
ResponderEliminarBeijos
Maria
Obrigado Maria! Beijinhos!
EliminarGostei. Como vem sendo hábito um bom registo fotográfico bem como a narrativa. Continua Susana!
ResponderEliminarObrigado Fernando :)
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