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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

As vistas de Santa Justa



Há muito tempo que a minha filha me pedia para irmos a Santa Justa. Há muito tempo que me pedia para andarmos nos autocarros de primeiro andar que circulam por Lisboa. No último dia de férias, fiz-lhe a vontade. 


Inaugurado no início do século vinte, liga a Rua do Ouro à Rua do Carmo. Entrar na cabine do elevador é andar mais de um século para trás. No melhor dos sentidos, claro. Sair dela é ser abraçado pela Baixa. Pelo Rossio. Sobretudo, pelo Convento do Carmo.


Mas a ida ao elevador só vale quando se vai ao terraço. Quando, no meu caso, se enfrenta um pavor imenso de altura e se sobe estreitas escadas em caracol onde o que apenas nos separa do vazio é uma rede e uma estrutura metálica. Quando, por isso, se espera uma recompensa.


E que recompensa! É esta que vos deixo...

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Um amanhecer nas Portas do Sol

Sabemos que nos apaixonámos irremediavelmente pela fotografia quando esta nos leva a testar os nossos limites. Apesar de andar completamente exausta, na noite de Sábado para Domingo deitei-me cedo e levantei-me às três da manhã para ir fotografar o amanhecer em Lisboa, uma iniciativa do IPF com um dedo bem grande do 'Prof.' José Diniz. O ponto de encontro foi na Praça da Figueira, onde tivemos uma pequena aula sobre fotografia nocturna. Mas depressa partimos pois o nascer do sol seria por volta das seis e cinquenta e a hora anterior é a melhor para tirar fotografias. Por isso lá fomos, cerca de quarenta malucos a subir para Santa Luzia antes das cinco da manhã.  


Os figurantes não variaram muito, mas o que é certo é que se foram transformando com a mudança de luz do dia nascente. Primeiro, a sobressaírem no implacável breu...


Depois, a começar a perder destaque com o clarão que se foi formando ainda ténue no horizonte....



E, finalmente, o anil a começar a ser sobreposto pelos tons laranja da aurora.


Para logo em seguida o céu se inundar de luz...


Até, por fim, dar lugar ao maravilhoso espectáculo que marca o início de mais um dia - e a que tão raramente assistimos com as devidas honras.


A cidade continua mergulhada num sono que já é leve, aquele que antecede os primeiros despertares. Mas o sol, esse, já marca a presença de tudo e todos os que ousam fazer-lhe frente.


E, finalmente, ganha a força para se fazer reflectir em todo o seu esplendor no Tejo da nossa Lisboa.


De alma cheia, rumámos novamente à Baixa deixando para trás um dos mais magníficos lugares da cidade.



Como qualquer apaixonado sente, não há sacrifício que não valha a pena. E este valeu mesmo.

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